"I have been in three different prisons, Montgomery. Three different countries. And you know what I learned? I learned prison is a bad place to be."
"I tattooed 'survive' on my hand the night before I went away to prison. And I did. We do what we have to do to survive"
"This is my advice to you: When you get there, figure it out who's who. Find the man nobody's protecting. A man without friends. And beat him until his eyes bleed. Let them think you are little bit crazy, but respectful, too. Respectful of the right men."
Uncle Nicolai, em 25Th Hour
"I am going to break two of your figurines first, and if you can demonstrate your knowledge of the Doctrine of Stoicism by holding back your tears, I'll stop."
Vera, em Dogville
"I'm not that stupid anymore. I've found out that people are the same all over. Greedy as animals. In a small town they're just a bit less successful."
Chuck, em Dogville
Esta medida, seja vinda do PS ou do Bloco de Esquerda, até pode ser revolucionária, do ponto de vista jurídico, mas deve haver milhares de cidadãos que nem sequer percebem como é que ainda está por tomar. Hoje em dia, um divórcio só pode ser levado em diante se houver concordância entre as partes (via amigável) ou se houver quebra, por parte de um dos cônjuges, dos deveres de respeito, fidelidade, coabitação, cooperação ou assistência para com o outro (via litigiosa). Os situacionistas sublinham que um contrato social com as implicações que tem o casamento não deve ser banalizado, e lembram que só se casa quem quer. Mas obrigar alguém a manter-se casado, contra sua vontade, só porque o tédio ou o desencantamento não são razões válidas para a ruptura, é aplicar uma sanção sem que haja delito, o que vai até contra a génese do Direito. A não ser que se pense que o fim do desejo ou a desilusão sejam crimes.
Retirado do Sol online, um caso ocorrido numa escola do Norte de Inglaterra.
"Segundo o Daily Mail, dois adolescentes falsificaram assinaturas e conseguiram a autorização para organizar uma festa nas instalações da escola".
"Os professores explicaram que a festa rapidamente se transformou numa orgia, na qual chegaram a participar 200 alunos e cuja maioria teve relações sexuais sem protecção".
"O comportamento dos alunos obrigou a escola a distribuir pílulas do dia seguinte pelas alunas dos 14 aos 16 anos".
Não pagarás impostos.
Mesmo com os questionários aos recém-casados, o fisco vai continuar a deixar escapar quem mais foge à tributação nos casamentos: a igreja católica, que, ao abrigo da concordata assinada com a República portuguesa, beneficia de total isenção fiscal sobre rendimentos e bens. Não sei se o Papa tem número de contribuinte, para que os padres possam passar facturas do dinheiro que cobram aos noivos, nas cerimónias, mas os defensores da laicidade do Estado aguardam o dia em que o Vaticano possa aparecer na lista de devedores da DGCI.
Não percebo o escândalo com os inquéritos que as Finanças enviam aos contribuintes recém-casados, sobre os serviços contratados no casamento, para melhorar o combate à evasão fiscal. Quanto a mim, todos os organismos estatais deviam seguir aquele exemplo de eficiência para obter informações úteis à sua actividade. No Ministério da Saúde , por exemplo, os serviços que se encarregam de áreas como a sexualidade e o planeamento familiar podiam saber quantas cópulas praticou o casal na noite de núpcias, qual a duração média dos coitos e dos respectivos intervalos, e se o acto foi consumado numa posição conservadora, como a do missionário, ou numa de vanguarda, estilo carrinho de mão*. Com jeitinho, podiam até descobrir se o método contraceptivo utilizado foi o coitus interruptus ou se em algum momento foi utilizado lubrificante anal. Sinceramente, não sei do que é que a ministra Ana Jorge está à espera.
* Fui ver ao Google
Mais uma história da adolescência. No meu nono ano, salvo erro, havia a disciplina de Técnicas de Tradução de Inglês. A professora teria certamente algum problema de foro psicológico e muitas vezes estava na sala de aula num estado de completo alheamento daquele espaço físico. Entre outras coisas, aquela condição fazia com que encarasse com passividade qualquer distúrbio. Chegou a estar defronte do quadro, a escrever exercícios com o giz, com a sala vazia: todos os alunos tinham saído, porque alguém se lembrou de despoletar uma bomba de mau cheiro, no Carnaval, e ela continuou a lição como se nada tivesse ocorrido. Hoje conseguiria ter empatia pela professora, mas, aos 15 anos, foi uma dádiva do deus dos arruaceiros. Eram raras as aulas com todos os alunos sentados e em que não houvesse guerra com as pastilhas que estavam coladas debaixo das mesas. A professora estava muitas vezes na mira das chicletes e, numa ocasião, um tampo de uma secretária foi incendiado, ao mesmo tempo que um aluno dançava em cima de outro. Na adolescência, todo o ser humano pode ser um alarve, se as condições o propiciarem. Certo é que, apesar de eu próprio continuar um pouco beduíno, já adulto, os meus antigos colegas de secundária são hoje cidadãos respeitáveis. Provavelmente, muitos deles até terão ficado indignados com o que se passou recentemente com uma professora e uma aluna do Porto. Por isso, ao ouvir as vozes que decretam o cataclismo do ensino público e da nova geração, com o vídeo do Youtube , fico contente por não existirem telemóveis com câmaras , no meu tempo. O caso do Porto, apesar de grave, não deixa de ser a excepção.
Uma semana, um mês ou um ano - o tempo não interessa. Tudo vai bem desde que se mantenham as aparências. O mundo é dos cobardes.